terça-feira, 4 de junho de 2013

Shake, rattle and kraut


Kraut. Kraut. Kraut. Esta é a palavra que frequentemente popula as criticas músicais nos dias que correm. De Toy a Savages, de Beaches a não sei mais quem. Hoje, qualquer ritmo mas “motórico” é, portanto, kraut; assim como qualquer estética mais etérea é psicadélica; assim como qualquer dissonância-distorção é noise.



Mas o que é afinal isso do kraut, figura da história da música popular quando a Alemanha dava 5-0 ao Resto do Mundo? Ritmo, velocidade? A velocidade alemã da Autobhan, quando a Europa parecia, aos olhos dos seus, um continente sem fim, ligada por uma só estrada. Pós-guerra, abundância; estrada, máquina, comforto. O ritmo das máquinas, motores, futurista na sua essência; Klaus Dinger, ritmo motorik; (Q)(K)Cluster, Harmonia, Kraftwerk.



A velociade americana, que tem dominado o mundo nos últimos 60 e poucos anos, não é tão precisa; é centrifuga, rodopiante. Shake, rattle, roll and twist; Chuck Berry, Jerry Lee Lewis. Hedonista em essência, é o corpo, expressão, sexo.



A imensidão de dois continentes a duas velocidades distintas; duas visões do pós-guerra.



A rever. 

 

 


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